O que é a Tipografia? - eis a questão. Encontrei um vídeo topográfico que dá resposta a esta questão de uma forma muito resumida:
"Dos romanos veio o alfabeto latino, a base da escrita e também da tipografia contemporânea ocidental, assente nos caracteres que chamamos romanos.
Os egípcios, mais interessados no aspecto mágico que no aspecto funcional da escrita, nunca substituíram os hieróglifos pelos glifos fonéticos que tinham desenvolvido e aperfeiçoado – preferiram usar uma escrita com forte redundância, que combinava caracteres alfabéticos com hieróglifos.
Os fenícios receberam o alfabeto egípcio e adoptaram-no gradualmente até assentar aquele que seria a base de todos os alfabetos usados actualmente no Ocidente.
Dado que o alfabeto semítico não tinha glifos para as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais."
Fonte: http://tipografos.net/
O objectivo da proposta de tipografia era valorizarmos a letra enquanto elemento gráfico. A partir das frases sugeridas e do conjunto de características dos heterónimos chegamos a este trabalho:
Alberto Caeiro
Caeiro é o guardador de rebanhos. Caracteriza-se pela simplicidade, proximidade com a natureza, sensibilidade, lucidez, inocência fingida. Acredita que as coisas não necessitam de ser explicadas, basta existirem. Valoriza os sentidos em detrimento dos pensamentos. Alberto Caeiro é o poeta da Natureza e logicamente verde foi a cor de eleição para a sua caracterização. Também é simples e por isso não quisemos sobrecarregar a imagem. Escolhemos algumas frases dele e também brincamos com as palavras dando-lhes diferentes efeitos.
Álvaro de Campos caracteriza-se por ser um heterónimo mais violento com a sua fase futurista, por isso escolhemos o vermelho para o fundo da imagem. Como não poderia deixar de ser a referência á sua profissão (engenheiro) também marcou presença. Optamos por não utilizar o "rrrrr" das engrenagens pois achamos que era demasiado óbvio e pouco desafiante. O círculo preto representa o vazio que sente, devido um pouco às saudades da infância.
Bibliografia:
Livro " Um Fernando Pessoa" de Agostinho da Silva, Guimarães Editores (1988)
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