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Proposta 2 - Tipografia //

Patrícia Castro quarta-feira, 23 de março de 2011
O que é a Tipografia? - eis a questão. Encontrei um vídeo topográfico que dá resposta a esta questão de uma forma muito resumida:






"Dos romanos veio o alfabeto latino, a base da escrita e também da tipografia contemporânea ocidental, assente nos caracteres que chamamos romanos


Inicialmente, as letras romanas escreviam-se (ou esculpiam-se) sem acabamentos terminais e com hastes de grossura regular; só gradualmente, com o aperfeiçoamento das ferramentas para trabalhar a pedra, é que se desenvolveram as terminações designadas por serifas. Para gravar letras em pedra, os artesãos romanos primeiro pintavam os traços com um pincel, talvez com algum auxílio da régua e do compasso, mas sem o rigor de esquemas numéricos. Os romanos não só desenvolveram o «nosso» alfabeto com os seus valores fonéticos, mas também a forma das letras, a sua estética e as relações recíprocas – espacejamentos – que hoje se chamam tracking e kerning.
 
Os egípcios, mais interessados no aspecto mágico que no aspecto funcional da escrita, nunca substituíram os hieróglifos pelos glifos fonéticos que tinham desenvolvido e aperfeiçoado – preferiram usar uma escrita com forte redundância, que combinava caracteres alfabéticos com hieróglifos.  



Os fenícios receberam o alfabeto egípcio e adoptaram-no gradualmente até assentar aquele que seria a base de todos os alfabetos usados actualmente no Ocidente.


O alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios.
Dado que o alfabeto semítico não tinha glifos para as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais."




Fonte: http://tipografos.net/

O objectivo da proposta de tipografia era valorizarmos a letra enquanto elemento gráfico. A partir das frases sugeridas e do conjunto de características dos heterónimos chegamos a este trabalho:



Alberto Caeiro

Caeiro é o guardador de rebanhos. Caracteriza-se pela simplicidade, proximidade com a natureza, sensibilidade, lucidez, inocência fingida. Acredita que as coisas não necessitam de ser explicadas, basta existirem. Valoriza os sentidos em detrimento dos pensamentos. Alberto Caeiro é o poeta da Natureza e logicamente verde foi a cor de eleição para a sua caracterização. Também é simples e por isso não quisemos sobrecarregar a imagem. Escolhemos algumas frases dele e também brincamos com as palavras dando-lhes diferentes efeitos.


Álvaro de Campos caracteriza-se por ser um heterónimo mais violento com a sua fase futurista, por isso escolhemos o vermelho para o fundo da imagem. Como não poderia deixar de ser a referência á sua profissão (engenheiro) também marcou presença. Optamos por não utilizar o "rrrrr" das engrenagens pois achamos que era demasiado óbvio e pouco desafiante. O círculo preto representa o vazio que sente, devido um pouco às saudades da infância.


Ricardo Reis é o héterónimo mais relacionado com o Classissismo, por isso quisemos dar-lhe uma imagem clássica através deste azul. Reis prima pela sua calma e a apatia em relação ás emoções. Tem como lema "Carpe Diem" e por isso era essencial incluir isso na imagem. Através da forma das letras demos corpo ás palavras e também ênfase ao seu significado.


Bibliografia:
 Livro " Um Fernando Pessoa" de Agostinho da Silva, Guimarães Editores (1988)

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